Tidinho questiona programa de alfabetização
- MARCIA MARQUES COSTA

- 29 de mai.
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Na sessão ordinária de terça-feira, 27, o vereador Erotides Borges Filho iniciou seu pronunciamento parabenizando os 147 anos de Urussanga, destacando o fato recente sobre restrições à cidadania italiana por descendência. "Enquanto nossos antepassados construíram esta região com pouquíssimo apoio da Itália, hoje seus descendentes enfrentam barreiras para obter reconhecimento", afirmou. O parlamentar ressaltou a resiliência dos imigrantes, lembrando até lendas locais como a de que "queijo e salame davam em árvores" - histórias que animaram os pioneiros a desbravar a região.
O discurso tomou rumo fiscalizatório ao abordar o programa de alfabetização Alfa Beto, implementado pela Secretaria de Educação com investimento de R$ 213 mil. "O valor é significativo e merecia ampla discussão no Conselho Municipal de Educação", criticou Borges, revelando que a decisão foi tomada em reunião sem quórum no dia 11 de março. Ele apresentou dados do contrato: vigência inicial de um ano, adoção pioneira em Santa Catarina, mas com experiências positivas em cidades como Teresina (PI) e Sobral (CE).
O vereador propôs como alternativa um modelo de avaliação conceitual
adotado em Morro da Fumaça, que substitui os relatórios descritivos por notas. "Seria mais objetivo para pais e alunos", defendeu. Questionou ainda a eficácia do monitoramento planejado, que prevê análise combinada de avaliações externas (governo estadual e federal) com testes do próprio Instituto Alfabeto. "Um investimento desta magnitude merecia debate mais aprofundado", insistiu.
Retomando o tema da colonização, Borges encerrou com otimismo: "Se nossos antepassados prosperaram sem apoio, seus descendentes continuarão honrando este legado, com ou sem reconhecimento formal da Itália". A fala mesclou orgulho histórico com cobranças por transparência na gestão educacional, marcando posição sobre temas distintos que afetam o desenvolvimento municipal.










