SÉRGIO MAESTRELLI
- MARCIA MARQUES COSTA
- 21 de ago.
- 5 min de leitura

Criciúma sediou mais uma edição da AgroPonte, a de número 16, ideia do amigo Willi Bakes e da filha Jaqueline. Urussanga marcou presenta nos estandes da Agricultura Familiar com duas entidades, a ProGoethe e a Coofasul, ambas surgidas no âmbito da Extensão Rural com parcerias. No escritório da Cooperativa Familiar Agroindustrial Sul Catarinense situado na Avenida Presidente Vargas, no Prédio da Agricultura construído pelo Governo Ivo Silveira, as funcionárias Josana Romagna Spadel e Débora Rodrigues Schuch dando o devido apoio administrativo e técnico para os produtores associados. ProGoethe e Coofasul produzindo boas safras com bons frutos para os agricultores e para a comunidade. Participamos ativamente como engenheiro agrônomo da Epagri das primeiras cinco edições. De 2011 a 2015.
PÍLULAS
Atendendo ao Requerimento do vereador Zé Bis, utilizou a tribuna da casa o cineasta Yves Goulart, produtor do documentário “Aldo Baldin” que foi exibido na SRU nesta semana. Ele anda percorrendo o mundo com este documentário e conquistando inúmeras premiações. Yves compareceu à Casa do Povo trajado a rigor. Com o fraque do tenor Aldo Baldin.
“O guri que brincava na pirita e levava o almoço para o pai na mina, que fez Xis Salada no Toni Lanches, que trabalhou na ótica Visual e que foi vendedor de discos”, como mesmo afirmou, chegou longe e por méritos. A boa terra jamais nega reconhecimento a quem a exalta.
No calendário católico, o dia 15 de agosto marca o dia da Senhora Assunta ao Céu. Em Urussanga, tínhamos uma igreja a ela dedicada que se situa na localidade de Rio Galo, hoje parte integrante de Cocal do Sul. Algumas mulheres urussanguenses nasceram nesse dia e os pais batizaram as filhas com o nome “Assunta”, que em latim significa Elevação. Assunta Marchetti, Assunta Zuchinalli são dois exemplos.Como brincava com a Assunta Marchetti nos tempos da Epagri/Cidasc, “Se espalhou, agora “azunta”, Assunta.
Vereadora Méri cobrou a questão do museu e da biblioteca fechadas. O assunto deverá estar na agenda da Secretaria de Cultura e do respectivo Conselho de Política Cultural. Há algumas pedras que precisam ser removidas nessa caminhada. Ela aconselhou a “não se deixar o carro no trilho, porque o trem pega”.
Na última sessão legislativa o tema Esportes foi repetidamente discutido. Esporte que é sinônimo de vida, de lazer, virou na Casa do Povo, sinônimo de polêmica.
Parece que finalmente, depois de um longo e tenebroso inverno, houve pescaria no antigo Clube de Caça e Pesca no Bairro Nova Itália. Vereador Zé Bis afirmando que o nó da documentação foi desfeito e agora a prefeitura reúne as condições legais para dar o ponta pé inicial nas obras.
ATTENTI RAGAZZI
Rodovia dos Mineiros: o tempo passa, o tempo “avoa”, o período eleitoral está aí na nossa frente e por enquanto não há luz no fim do túnel. Nem a luz de um vaga-lume. Será que vamos ter um anúncio estilo Moisés com relação à SC-108? Por enquanto, somente espuma. Estamos ansiosos para transformar essa espuma em história e ação. Vamos lá governador Jorginho, secretário Jerry Comper, secretário adjunto Ricardo Grando, coordenador da Infraestrutura Sul, Miro Ghisi. Que a obra vai sair no futuro, é claro que vai, agora o calcanhar de Aquiles é a equação do quando. Urussaanga aguarda e a prefeita Stela também.
ALDO BALDIN
Em 1999 assumíamos a presidência da Academia de Letras, cargo este repassado pelo primeiro presidente, o Pe. Agenor Neves Marques. Assumíamos a entidade e o compromisso, a pedido do padre, de resgatar das sombras o tenor Aldo Baldin. Com a gravação de cerca de 100 LPs, este urussanguense de Belvedere-São Donato-Vila Nesi, se projetou no mundo da música clássica. Em 2007, depois de 7 anos de pesquisa garimpando fotografias e relatos de quem com ele conviveu, foi feita a Exposição do tenor com cerca de 500 imagens durante a X Festa Ritorno Alle Origini e o XV aniversário do Gemellaggio Urussanga-Longarone, com a presença da esposa e filha do tenor e da grande família Baldin num almoço típico no San Gennaro. Na ocasião, foi inaugurada a placa em que ele empresta o seu nome ao Anfiteatro do Parque Municipal, palco maior das apresentações culturais da gente urussanguense. Na época, tivemos o apoio da então secretária municipal de educação, Stela De Agostin Talamini, da então diretora de cultura Ana Maria Mariot Vieira, do Jornal Panorama e do Rotary Clube. Em 2015, Panorama (Sérgio e Márcia Marques Costa) publicou e bancou o custo por um ano, de uma página semanal sobre o tenor. Foram quase 50 edições publicadas das 79 previstas. A suspensão ocorreu por razões outras. Alguns episódios geraram polêmica e descontentamento, porém não cabe ao pesquisador ou ao historiador falsear a história. A liberdade de expressão não pode ser podada ou ceifada, pois está expressamente escrito em nossa constituição. Tudo o que foi publicado é de minha inteira responsabilidade. Tudo foi conferido, alicerçado e ancorado em documentos e depoimentos gravados de pessoas que conviveram com o tenor camponês e professor da Escola Isolada São Donato. Eles foram testemunhas oculares dessa história que reuniu música e magia e eu não deixaria uma porta ou janela sem tranca. Posteriormente a professora Arlete Zannin fundou o Píccolo Coral Aldo Baldin, hoje infelizmente desativado. Yves Goulart também montou nos camarins do Anfiteatro do Parque Municipal Ado Cassetari Vieira, alguns painéis com aspectos da vida do tenor, hoje necessitando de readequações que deverão ser discutidas no Conselho de Cultura. Três anos depois, em 2011, após 14 anos de gravações, pesquisas e viagens, com inúmeras idas e vindas feitas por Yves e Naiglon Goulart, Aldo Baldin ganhou as telas de cinema do mundo com o documentário “Aldo Baldin, Uma Vida pela Música”, retratando de modo emocionante e empolgante a trajetória do camponês de Belvedere-Vila Nesi que brilhou nos palcos do mundo. Aldo tem raízes no Rio Carvão. A família Baldin ocupou lotes da imigração naquela localidade. Tóni Baldin casou com Serena Dandolini, adquiriu terras na Vila Nesi e lá como trevisano foi morar ao redor dos bergamascos nos denominados Alpes Urussanguenses, o nosso Tirol. E por lá nasceu Aldo em 1945. O documentário constitui um trabalho primoroso do cineasta que reuniu qualidades. Foi capaz, talentoso e criativo, soube captar sensibilidades e emoções. Nas palavras da presidente da Academia de Letras, Rosa Miotello, o documentário merece uma nota acima de mil. O tenor foi o urussanguense que mais longe e mais alto levou o nome “Urussanga”. Aldo Baldin, uma trajetória e tanto! Numa montagem do designer e mestre em artes visuais, Henry Goulart, Aldo Baldin paira sobre as montanhas de Belvedere. O momento requer uma taça de vinho com o rótulo de Aldo Baldin da Vinícola Damian/Casa del Nonno. Padre Agenor deve estar satisfeitíssimo com esse final. E Yves seguirá percorrendo o mundo com seu documentário. Bom para o Aldo, bom para Urussanga.